sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Descolamento

Nesta sexta-feira li uma matéria falando sobre o descolamento do ibov em relação ao mercado americano, fato observado em raríssimos momentos e quando ocorria, observava-se apenas o distanciamento de um mercado em relação ao outro, mas sempre na mesma direção, coisa que não está ocorrendo no momento. Estamos literalmente em direções opostas.
 
Tenho a minha opinião própria sobre o assunto e não estou mais tão otimista na expectativa de que os dois mercados voltem a se alinhar.
 
Até o ano passado nossos olhos estavam voltados para os acontecimentos externos: Grécia, crise na zona do Euro, abismo fiscal americano e reagíamos conforme as decisões externas iam acontecendo.
 
Bem ou mal a coisa se ajeitou lá fora, acordos foram costurados e se não temos uma solução definitiva, existe a disposição de se equacionar os problemas que vão aparecendo.
 
Começamos nesse ano a voltar os olhos aqui pra dentro e percebemos que também, temos problemas: nosso PIB encolheu, o governo vem intervindo pesado em diversos setores da economia o que tira a confiança dos investidores nas empresas, inflação vem crescendo e medidas talvez equivocadas como aumento na taxa de juros podem piorar ainda mais o cenário interno reduzindo investimentos.
 
Normalmente a bolsa de valores antecipa o que está por vir e o recado que ela nos passa neste momento é que temos problemas e sem uma solução à vista.
 
Tenho procurado neste momento difícil focar em ativos mais redondos e pouco correlacionados com o índice e com tendência mais definida. Alguns exemplos que me ocorrem: DIRR3, GRND3, JSLG3, KROT3, SULA11, mas tem bem mais.
 
Mercado está difícil de operar, mesmo na venda, mas podemos tirar um aprendizado quando passar esse período de turbulência e quem sabe refinar ou desenvolver novos trade systems.
 
Sigam-me no twitter @lima_evandro e não esqueçam de conferir as análises de BVMF3, OGXP3, PETR4 e VALE5 na seção de análises do site.
 
 
Até a próxima!
 
 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Momento do Mercado

Nesta edição quero falar especificamente sobre o descasamento do nosso mercado em relação ao mercado americano, pegando como referência o Dow Jones, que normalmente norteia a direção dos demais mercados.
 
O mês de janeiro foi marcado pelo profundo descasamento dos dois mercados.
 



Vou voltar ainda pra falar mais detalhadamente no nosso mercado, mas voltando ao dow, vejam que interessante, além da forte tendência de alta, já está próximo de seu topo histórico, vejam no gráfico mensal.


Voltando para o nosso lado, se estivéssemos alinhados com o dow, deveríamos estar próximos de 73.920, nosso TH (topo histórico). No entanto estamos brigando lá embaixo, na faixa de 60.000.

Por que tanto descasamento?

Na minha opinião, a forte intervenção do governo em setores chaves da economia trouxeram um ar de desconfiança aos olhos externos. Recentemente tivemos forte saída de capital estrangeiro do nosso mercado.

Normalmente o fluxo de estrangeiros costuma estar mais alinhado com os movimentos do mercado, mas neste último mês aconteceu o contrário: enquanto o ibovespa virou de mão e inicou tendência de baixa, os estrangeiros começaram a reentrar por aqui e até o último dado divulgado pela Bovespa estava em cerca de R$ 4,5 bi positivo.

O que pode estar por trás desse movimento? Ou estão atrás de pechinchas para ganhos rápidos, aproveitando o repique, iniciado neste último pregão e depois saem vendendo novamente, ou realmente acreditam que aqui vai se alinhar com o dow e enxergam um potencial de valorização dos atuais 60k para os 73k.

Ainda não dá pra saber. O que temos de fato concreto é a confirmação deste último sinal de fundo, que foi fortalecido por 03 dados importantes: suporte, 59.150, que respeitou, média móvel de 200, sempre um divisor importante, foi respeitada e primeira LTA (linha de tendência de alta), passando pelos 02 primeiros fundos de 55.125 e 55.685 quando iniciou tendência de alta, também respeitada.

Até onde podemos ir considerando apenas repique?

Penso na resistência de 61.200 que mais ou menos coincide com a atual LTB (linha de tendência de baixa) curta, ponto que vai merecer bastante atenção.

Se passar dela pode começar a desfazer a tendência de baixa e aí sim, tentar retomar a tendência de alta para mais à frente e quem sabe buscar o TH. Será este o pensamento dos estrangeiros?

Por outro lado, como falei, o fato concreto hoje é repique e dentro desta linha é possível um bate-volta na resistência de 61.200 para retomar a tendência de baixa. Torço pelo contrário, mas tenho que ser fiel ao que o mercado está dizendo neste momento.

Os próximos pregões poderão ser decisivos para o nosso mercado. Por ora, volta a ser comprador e favorável para tiros curtos pelo menos.

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Até a próxima!